quinta-feira, janeiro 19, 2006


«Sou um ser da noite que mora no escuro
Um grito sufoca dentro das paredes ocas
Eu levanto-me e avanço para elas mas elas são loucas...
Não tem nada para dizer, decifro o sentido e quebra-se o muro
Algo me diz que a presa espera lá fora
Eu percorro os danados corredores da solidão
Minha fome aperta, devora
Eu cravo os meus dentes, no teu pescoço, no seu coração...
Ao lamber os lábios, após saciado
Avanço na rua, com esperança, seguro...
Com a alma nas mãos, esperançado
Corrompendo o escuro...
Sou vampiro porque me alimento de sangue
Mas isso não revela ser um dos meus
Mas apenas o meu pensamento infame
Que se revolta, me impulsiona e me faz querer dos seus...
Ao chegar ao meu humilde quarto
Deito-me no caixão
Não é grande coisa, é um facto,
Sou apenas um sanguinario afundado na solidão!»
Christina McWarrington
01/05/2005