sábado, fevereiro 18, 2006

Alguém me disse...


("Gosto da tua escrita")

Talvez tenha sido esta frase que me fez arrancar e escrever hoje qualquer coisa... A hora é já tardia mas o sono não chegou ainda. Acabo de chegar a casa e a solidão afaga-me, lenta e melancólicamente...
Penso que por vezes não damos o devido valor ao que fazemos ou ao que dizemos! Comigo desde sempre foi assim e tenho feito um esforço para mudar, se bem que o caminho percorrido não tem sido fácil... Agrada-me a ideia de ser já uma pessoa mais optimista e de ir tentando, de dia para dia, melhorar os meus defeitos de carácter e adaptar-me ao mundo que tenho e à vida que, de certa maneira, escolhi para mim.
De à uns anos a esta parte esqueci que a minha existência teria sentido para algumas pessoas que me rodeavam (e felizmente ainda rodeiam) e vivi no egocentrismo característico de quem está doente e, por medo ou ignorância, não o quer saber... Aceitar os meus problemas como uma consequência inevitável das minhas escolhas, aceitar as minhas limitações e defeitos é tarefa que ainda hoje tenho em mãos, e sinto-me desiludida comigo quando vou buscar hábitos antigos como que de forma inconsciente...
Tristeza é o que sinto em alturas assim mas rapidamente me esforço para interiorizar que "o que lá vai, lá vai" e que o caminho é mesmo para a frente, independentemente do "à pouco" ou do "agora"...
Sentir que existem pessoas que gostam de mim, do que eu faço, do que eu escrevo, do que eu canto, leva-me a um lugar onde encontro gratidão e satisfação com o meu eu. Há realmente dias em que também gosto de tudo isso mas, honestamente, gostaria que fossem mais... Gostaria de conseguir reconhecer sempre o meu valor como pessoa que sou, com defeitos e virtudes; como alguém que cá está para dar amor ao mundo e aqueles que me querem acompanhar...
Perceber que não se pode agradar a gregos e troianos foi uma questão que levou um certo tempo a interiorizar. Hoje, chamo a isso crescer...
De 24 em 24horas tenho agora a tarefa de combater e contrariar a solidão em excesso... Sinto que dela preciso (penso que todos precisamos!) mas no seu devido grau. Tudo aquilo que é demais acaba por se tornar um fardo e como diz Xico Chavier, "embora quem quase morra esteja vivo, quem quase vive já morreu"...

Um abraço a todos

Ana Andrade

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

pois é linda aqui dizes tudo,ms tu és a guerreira q nunca está só,qd t sentires só da-m um tq e eu retribuirei á mh maneira q nunca deixará d ser sincera,pensa q existe sp alguem q nos ama e q quer o nosso bem,isto é um segredo q n é ms q n deixa d ser;a vida é e sp será a aprendizagem mais dura ms q nos encoraja a enfrentar obstaculos e tornar-nos mais fortes.um bj mto especial d uma sp tua amiga.veronica.

quinta fev. 23, 02:30:00 da manhã WET  

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