Faz já tanto tempo que aqui não passo pra deixar umas linhas... Tenho andado como este céu: cinzento...
As férias correram da melhor maneira e o tempo foi aproveitado principalmente para descansar. Agora preparo-me para iniciar um trabaho de intervenção no campo das toxicodependências e comportamentos aditivos e estou entusiasmada com o que está para vir.
Numa altura, ou antes, num dia como o de hoje, em que passa exactamente um ano desde que finalmente decidi tratar de mim, desde que me predispus a compreender o que realmente estava mal na minha vida, no meu eu, prefiro deixar as palavras de uma autora que me tem 'acompanhado' nos ultimos dias no meu 'canto de leitura'... E prefiro-o porque tudo o que possa escrever hoje corre (sérios) riscos de estar direccionado para uma parte da minha vida que, apesar de não querer esquecer, não faço questão em lembrar...
E como alguém me disse um dia, eu hoje posso não saber o que quero para mim mas sei bem aquilo que não quero...
« Regra geral, o organismo dá-nos alguns sinais de aviso para que possamos reagir, mas na maioria dos casos não os identificamos e confundimos o nosso esgotamento com uma etapa de mau humor, a nossa insegurança com acções desonestas dos qu estão à nossa volta, a nossa irascibilidade com incompreensão dos nossos colegas, amigo, familiares... Por fim, "de tanto esticar a corda, esta acaba porse romper" e, então, tudo parece ser um drama na nossa vida. Se aceitarmos as nossas limitações com naturalidade, se nos permitrmos falhar, se formos realistas assumindo a nossa condição humana, se sorrirmos não só nos exitos mas também nos momentos dificeis, acreditarems em nós mesmos!O nosso valor depende do que somos e somos seres "únicos" no mundo, que estamos a tentar "crescer" e "encontrar" as "chaves" que nos facilitem o nosso desenvolvimento como pessoas.Crer em nós próprios vai mais alémde aspectos circunstanciais, significa aceitarmo-nos, assumirmo-nos como somos; confiar em que continuaremos a melhorar à medida que continuemos a aprender dia após dia, em cada momento, em cada segundo das nossas vidas.
Não é complicado crer em nós próprios se aprendermos a tolerar as limitações que temos como seres humanos...»
(María Jesús Alava Reyes; in 'A inutilidade do sofrimento')É apenas um dos trechos que mais sentido me fez e que hoje me apeteceu cá deixar...sem grandes porques nem grandes porquês...
Voltarei em breve, assim espero.
A todos os que aqui vão passando, um obrigado pelo tempo dispendido e pela lembrança que ainda existo