sábado, abril 22, 2006
quinta-feira, abril 20, 2006
Let me cry
"Acontece-me às vezes,
e sempre que acontece é quase de repente,
surgir-me no meio das sensações
um cansaço tão terrivel da vida
que não há sequer hipótese do acto com que dominá-lo...
Para o remediar o suicídio parece incerto,
a morte, mesmo suposta a inconsciência,
ainda é pouco...
É um cansaço que ambiciona,
não o deixar de existir
(o que pode ser ou pode não ser possível)
mas uma coisa muito mais horrorosa e profunda:
o deixar de sequer ter existido!
(..)"
(Bernardo Soares)
e sempre que acontece é quase de repente,
surgir-me no meio das sensações
um cansaço tão terrivel da vida
que não há sequer hipótese do acto com que dominá-lo...
Para o remediar o suicídio parece incerto,
a morte, mesmo suposta a inconsciência,
ainda é pouco...
É um cansaço que ambiciona,
não o deixar de existir
(o que pode ser ou pode não ser possível)
mas uma coisa muito mais horrorosa e profunda:
o deixar de sequer ter existido!
(..)"
(Bernardo Soares)
quarta-feira, abril 19, 2006
segunda-feira, abril 17, 2006
Astronauta
"Astronauta tá sentindo falta da Terra?
Que falta que essa Terra te faz?
A gente aqui embaixo continua em guerra
Olhando aí pra lua implorando por paz
Então me diz: por que que você quer voltar?
Você não tá feliz onde você está?
Observando tudo a distância
Vendo como a Terra é pequenininha
Como é grande a nossa ignorância
E como a nossa vida é mesquinha
A gente aqui no bagaço, morrendo de cansaço
De tanto lutar por algum espaço
E você, com todo esse espaço na mão
Querendo voltar aqui pro chão?!
Ah não, meu irmão... qual é a tua?
Que bicho te mordeu aí na lua?
Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu
Ah não, meu irmão... qual é a tua?
Que bicho te mordeu aí na lua?
Fica por aí que é o melhor que cê faz
A vida por aqui tá difícil demais
Aqui no mundo, o negócio tá feio
Tá todo mundo feito cego em tiroteio
Olhando pro alto, procurando a salvação
Ou pelo menos uma orientação
Você já tá perto de Deus, astronauta
Então, me promete
Que pergunta pra ele as respostas
De todas as perguntas e me manda pela internet
(...)
É tanto progresso que eu pareço criança
Essa vida de internauta me cansa
Astronauta, cê volta e me deixa dar uma volta na nave,
Passa a chave que eu tô de mudança
Seja bem-vindo, faça o favor
E toma conta do meu computador
Porque eu tô de mala pronta, tô de partida
E a passagem é só de ida
Tô preparado pra decolagem, vou seguir viagem,
Vou me desconectar...
Porque eu já tô de saco cheio e não quero receber nenhum e-mail
Com notícia dessa merda de lugar
(...)
Eu vou pra longe, onde não exista gravidade
Pra me livrar do peso da responsabilidade
De viver nesse planeta doente
E ter que achar a cura da cabeça e do coração da gente
Chega de loucura, chega de tortura
Talvez aí no espaço eu ache alguma criatura inteligente
Aqui tem muita gente, mas eu só encontro solidão
Ódio, mentira, ambição
Estrela por aí é o que não falta, astronauta
A Terra é um planeta em extinção!
(...)"
(Gabriel o Pensador)
************************************************************************************************
Porque estivemos a falar nesta música ainda à pouco...
Porque, e apesar de em brasileiro (que eu, particularmente, detesto ler)... Aqui deixo a letra original para que possa fazer sentido a mais alguém...
Bjs
Que falta que essa Terra te faz?
A gente aqui embaixo continua em guerra
Olhando aí pra lua implorando por paz
Então me diz: por que que você quer voltar?
Você não tá feliz onde você está?
Observando tudo a distância
Vendo como a Terra é pequenininha
Como é grande a nossa ignorância
E como a nossa vida é mesquinha
A gente aqui no bagaço, morrendo de cansaço
De tanto lutar por algum espaço
E você, com todo esse espaço na mão
Querendo voltar aqui pro chão?!
Ah não, meu irmão... qual é a tua?
Que bicho te mordeu aí na lua?
Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu
Ah não, meu irmão... qual é a tua?
Que bicho te mordeu aí na lua?
Fica por aí que é o melhor que cê faz
A vida por aqui tá difícil demais
Aqui no mundo, o negócio tá feio
Tá todo mundo feito cego em tiroteio
Olhando pro alto, procurando a salvação
Ou pelo menos uma orientação
Você já tá perto de Deus, astronauta
Então, me promete
Que pergunta pra ele as respostas
De todas as perguntas e me manda pela internet
(...)
É tanto progresso que eu pareço criança
Essa vida de internauta me cansa
Astronauta, cê volta e me deixa dar uma volta na nave,
Passa a chave que eu tô de mudança
Seja bem-vindo, faça o favor
E toma conta do meu computador
Porque eu tô de mala pronta, tô de partida
E a passagem é só de ida
Tô preparado pra decolagem, vou seguir viagem,
Vou me desconectar...
Porque eu já tô de saco cheio e não quero receber nenhum e-mail
Com notícia dessa merda de lugar
(...)
Eu vou pra longe, onde não exista gravidade
Pra me livrar do peso da responsabilidade
De viver nesse planeta doente
E ter que achar a cura da cabeça e do coração da gente
Chega de loucura, chega de tortura
Talvez aí no espaço eu ache alguma criatura inteligente
Aqui tem muita gente, mas eu só encontro solidão
Ódio, mentira, ambição
Estrela por aí é o que não falta, astronauta
A Terra é um planeta em extinção!
(...)"
(Gabriel o Pensador)
************************************************************************************************
Porque estivemos a falar nesta música ainda à pouco...
Porque, e apesar de em brasileiro (que eu, particularmente, detesto ler)... Aqui deixo a letra original para que possa fazer sentido a mais alguém...
Bjs
domingo, abril 16, 2006
Presa a um olhar
Não quis acreditar quando me disseste ser bonita...
Não quis acreditar no sorriso que vi
no olhar que senti.
Preferi pensar ser uma tarde de Carnaval
onde nos embriagamos de emoções,
onde surtem ilusões
(... consequentes pensamentos alcoolizados...)
Voltei a ficar presa no teu olhar.
Presa como presa indefesa
que não sabe sequer para que lado se virar...
Voltaste a sorrir-me.
Deste-me um silencioso e ternurento olhar
que tempestuosamente retribuí...
Guardei-o.
Guardei-o com a mais pura sobriedade de uma noite bem passada...
Hoje recordo-o
com a nostálgica alegria do sentir:
sentir a vida,
sentir-me viva,
sentir-me vida!...
AnAndrade
sábado, abril 15, 2006
quinta-feira, abril 13, 2006
Noticias do fundo...
"Dá noticias do fundo
Como passam teus dias
E se a razao nos chega para viver
Se amor nos serve amor nao dá de comer
Fico melhor assim
Em todo o caso vai pensando em mim...
Se tocamos em alguma coisa
Se me chamas por algum motivo
Se nos podem ver
Se nos podem tocar...
Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo
Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro...
Eu vou estar sempre aqui
Nada vai mudar...
Sinto-te arder no meu fundo
Eu vou estar sempre aqui
Nada vai mudar...
Sinto-te entrar no meu mundo fundo
Nós tocamos em algumas coisas
Nós seguimos por alguns sentidos
Se nos podem ver
Nao nos podem tocar
Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo
Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro..."
Como passam teus dias
E se a razao nos chega para viver
Se amor nos serve amor nao dá de comer
Fico melhor assim
Em todo o caso vai pensando em mim...
Se tocamos em alguma coisa
Se me chamas por algum motivo
Se nos podem ver
Se nos podem tocar...
Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo
Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro...
Eu vou estar sempre aqui
Nada vai mudar...
Sinto-te arder no meu fundo
Eu vou estar sempre aqui
Nada vai mudar...
Sinto-te entrar no meu mundo fundo
Nós tocamos em algumas coisas
Nós seguimos por alguns sentidos
Se nos podem ver
Nao nos podem tocar
Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo
Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro..."
(OrnatosVioleta)
quarta-feira, abril 05, 2006
de aves e de árvores, a mão solar das margens
do amor, a mão seca do deserto
ou florida dos campos do norte,
por que hesitas?
Ela puxar-te-à
para o centro da vida, o freixo abstracto
dos sentimentos, o tempo imóvel da memória.
Se essa mão se solta no tampo da mesa
como a mais ágil das presas, o animal de fogo
que se esconde no canto de cada frase,
a sombra secreta que os corpos libertam no veio
da manhã,
que te impede de a capturar?
Guardá-la-às
entre as tuas imagens, num vago herbário de emoções.
Mas, se nunca respiraste esse hálito divino,
o vento que sopra por entre os dedos que te abrem a eternidade,
a mais antiga das ilusões,
porque não regressas
ao laconismo dos arbustos queimados pela geada,
à luz fria do inverno?
Entrega-te ao efémero,
a chama que nasce no brilho breve de um olhar...»
(Nuno Judice)