terça-feira, junho 27, 2006

"Eu estou aqui"... Para ti

"não tenho muito mas o pouco que tenho é teu
se mais ninguém te ouvir tu sabes que quem te ouve sou eu
quando tiveres triste, com falta de um amigo,
fecha os olhos, não temas, porque eu vou estar aqui contigo.
eu sei que pensas muitas vezes que queres fugir,
eu sei que gritas e não tens ninguém pra te acudir.
vida madrasta, nada corre como a gente quer
tens de enfrentar o destino pro que der e vier.
ao meu alcance, faço tudo o que puder por ti.
peço desculpas pelos erros, sei que os cometi.
não vou julgar-te porque também eu posso ser réu
não vou julgar-te porque quem te julga tá no céu.
quero que saibas que podes contar com o meu amparo,
amizade pura é um sentimento cada vez mais raro
conto contigo para fazeres o que faço por ti
e quando nada correr bem eu tou aqui.
se precisares de mim, eu tou aqui
quando quiseres falar, eu tou aqui
se te faltar um amigo, eu tou aqui
se precisares de alguém, eu tou aqui." (BossAc)

Brigado por te teres cruzado na minha vida.
Espero ver-te em breve... e melhor. :)
Beijo

quinta-feira, junho 22, 2006

Não...

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...

Álvaro de Campos
Listening: In Memoriam - Moonspell
Thinking: About myself

quarta-feira, junho 21, 2006

"Flores ao pé das dores"


Apesar de escolher um título que faz parte da escrita de um amigo com quem não estou há já algum tempo, hoje escrevo do mais fundo de mim… De solidão.
Enquanto deixava que a música que passava no UPTOWN tomasse conta da tristeza que me abarcava, deixei umas linhas num caderno que me serve também de agenda:

“Falar de solidão vem sempre a propósito quando nos sentimos afastados do mundo… Quando uma pessoa não chega e duas parecem ser demais. Quando estás num sítio como o que eu estou agora e ao olhares em teu redor, percebes que todos estão enquadrados menos tu. Que te falta um pedaço… Um pedaço de ti.
Falar de solidão vem sempre a propósito aquando aqueles momentos em que o teu ser vira repentinamente a face e te mostra não apenas a melancolia mas a tristeza que a ela se alia e te prende, impedindo que sorrias com vontade e dês o que tanto anseias receber: o amor. Quando te abraçam e consegues sentir a pobreza daquele momento, quando te falam e vês que as palavras são traídas pelo olhar… Um olhar jamais esconde a verdade… Nunca mente.
Falar de solidão é bom quando alguém se dispõe a partilhá-lo contigo… Quando percebes, quando sentes que, para além de ti, há alguém que tem esse tortuoso caminho, não como opcional, mas como único. Que não tem pessoas, amigos, família… Que não tem ninguém.

Deixa o sangue sair para que o possas olhar, para que possas sentir o seu cheiro e sabor. Comprovas que existe e que é teu… que é das poucas coisas que tens como tuas e que o são efectivamente… Deixa as lágrimas correr, deixa-as escorrer ou então passa a mão no rosto e sente a húmida e salgada sensação que provocam. Também elas são tuas…
Encara o que te incomoda, sente-o como parte de ti que podes sempre mudar… Não mudas o sangue, não mudas as lágrimas, não mudas sequer as coisas que mais odeias ver em ti, mas podes sempre tentar agarrar o que sentes como bom… Podes sempre tentar…

Falar de solidão é bom… Faz com que não te sintas só…”

**Um abraço a todos os que já não vejo 'à uns dias'**
AnAndrade

quarta-feira, junho 14, 2006

A um passo da queda

É como um precipício do qual eu já caí...
Como a ponte em que há dias ponderava passar, permanecer ou deixar-me ir
abrindo as asas que não mais me deixariam voar...
Estes sentimentos revoltos, incertos,
incapacitam-me de progredir, de gostar de sentir.


Abraça-me.
Preciso dum abraço teu.



Sentir-me viva, sóbria, capaz...
Esquecer a previsão da queda,
apreciar o silêncio,
ignorar os ruídos paralelos que assombram o meu ser.


Abraça-me esta noite.


Sinto-me sozinha
mesmo sem estar.
No fundo, estou incapaz de me amar.



AnAndrade

segunda-feira, junho 12, 2006

Numb

Unable so lost I can't find my way
Been searching, but I have never seen
A turning, a turning from deceit
Cos the child roses like
Try to reveal what I could feel
I can't understand myself anymore
But I m still feeling lonely
Feeling so unholy
Cos the child roses like
Try to reveal what I could feel
But this loneliness
It just won't leave me alone
I'm fooling somebody
A faithless path to roam
Deceiving to breath this secretly
This silence, a silence I can't bear
Cos the child roses like
Try to reveal what I could feel
And this loneliness
It just won't leave me alone
And this loneliness,
It just won't leave me alone, ohh no
A lady of war...
A lady of war...
(Portishead)

quarta-feira, junho 07, 2006

Atrocidades

Vagueio por longinquos lugares onde a minha mente desliza e as minhas mãos repetem as mesmas atrocidades. Vegeto num mundo que imagino meu com o sustento solitário de quem persiste voltar a viver.
Os momentos passam, serenos, mas a fé acaba por se queimar no calor abrasador dos dias... Arde compulsivamente em forma de uma ameaça dormente.
Ah, quanto desejei acreditar! Quanto desejo matar esta sede de infinito que me impede a sobriedade da vida.
Morri. Vou morrendo...
Vou morrendo quando não encontro a força no perdão e a esperança nas batalhas que se me deparam... Morro mais um pouco quando os medos me devolvem insegurança e os desencontros me deixam desacreditar no amor... Apodera-se de mim o cansaço da luta que naufraga entre o querer e o conseguir, o sublime mas esmagante cansaço da minha 'luta psicológica entre a razão e a vontade'...
(By me)

sexta-feira, junho 02, 2006

"Charco"

"Tenho ideias que não tenho, sentimentos que não sinto
Sou imagem de outra imagem que se fez não sei de quê
Procurando a minha rota, descobrindo o que não minto
E o que minto atiro fora para nascer outra vez..."
(Mafalda Veiga)

quinta-feira, junho 01, 2006

Almost happy

«If I could look beyond your face
And photograph your hidden place
Would I find you smiling in the picture
I don't know what you want
Because you don't know,
So what's the point of asking
You're almost happy
Almost content
But your head hurts
Far too many ways to go
We learn so much but never know
Where to look
Or when we should stop looking
I can love the whole of you.
The poetry I stole from you
And hide inside my stomach
You're almost happy
Almost content
But your head hurts
It's easy to get lost in you
And fall asleep inside of you
I want to return to you
A reason to be here
A reason to be here
No I don't know what you want
And you don't know
So what's the point of asking
You're almost happy
Almost content
But your head hurts»

(K's Choise)