domingo, outubro 30, 2005
«E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.
Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos! Acredito que, para sempre, ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes paramos, para sempredeslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemencia destas coisas sem principio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traidos.
(...)
E de novo, acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que nunca se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.»
(Miguel Esteves Cardoso)
sábado, outubro 29, 2005
Dedicado a um amigo (q num (possivel) momento de desespero, teve coragem e partiu...)
«Na minha vida tive palmas e fracassos
Fui amargura feita notas e compassos
Aconteceu-me estar no palco atrás do pano
Tive a promessa de um contrato por um ano
A entrevista que era boa não saiu
E o meu futuro foi aquilo que se viu!
Na minha vida tive beijos e empurrões,
Esqueci a fome num banquete de ilusões.
Não entendi a maior parte dos amores
Só percebi que alguns deixaram muitas dores!
Fiz as cantigas que afinal ninguém ouviu
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Adeus tristeza, até depois...
Chamo-te triste por sentir que, entre os dois,
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar!
Na minha vida fiz viagens de ida e volta
Cantei de tudo por ser um cantor à solta
Devagarinho num couplé pra começar
Com muita força no refrão que é popular
Mas outra vez a triste sorte não sorriu
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Adeus tristeza, até depois...
Chamo-te triste por sentir que, entre os dois,
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar!
Chamo-te triste por sentir que, entre os dois,
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar!
Na minha vida fui sempre um outro qualquer
Era tão fácil, bastava apenas escolher
Escolher-me a mim, pensei que isso era vaidade
Mas já passou, não sou melhor, mas sou verdade
Não ando cá para sofrer mas para viver
E o meu futuro há-de ser o que eu quiser
Adeus tristeza, até depois...
Chamo-te triste por sentir que, entre os dois,
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar!»
Chamo-te triste por sentir que, entre os dois,
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar!»
(Fernando Tordo)
Estava no inicio do almoço quando uma amiga me pergunta: "Conhecias o rapazinho de 22 anos que se matou?..." - e a conversa começou por aí...
Sinto-me desnortedada! Triste... Tu, sempre tão bem disposto, sempre com um sorriso nos lábios...
Espero que estejas em paz! :)
A minha mãe escreveu-te um bilhete e dizia que, agora és mais uma estrela no céu a olhar por nós... Espero que ela tenha razão!
Um beijo.
Para ti, Francisco.
AnAndrade
quinta-feira, outubro 27, 2005
Só por hoje
Sempre procurei ser sincera com os que me rodeavam: os que comigo vivem, os que ainda tenho, aqueles que passaram e me marcaram...Mesmo com os que não marcaram! Procurei sempre (o que não quer dizer que sempre tenha conseguido) ser sincera com todos esquecendo-me, no entanto, de o ser comigo própria. Acho que durante estes anos "anestesiei" a minha honestidade.
Deixar de acreditar foi, para mim, o começo do nada. Do vegetativo. (Se alguém me entende!?!)
Agora, 24 sobre 24 horas, vou vivendo e sentindo as recompensas que esta entrega a mim própria me faz. :)
Estou grata! Hoje; só por hoje, estou grata!
*******************************************************************
Um beijo com saudades para os amigos que já não vejo à "uns dias".
AnAndrade
segunda-feira, outubro 17, 2005
... Ao encontro ...
«Quando te levantaste pela manhã
Eu já tinha preparado o sol para aquecer teu dia
E o alimento para a tua nutrição.
Sim, eu preparei tudo isso enquanto vigiava teu sono,
A tua família, a tua casa…
Esperei pelo teu “bom dia” mas esqueceste-te!
Bem… Parecias ter tanta pressa…
EU PERDOEI…
O sol apareceu, as flores deram o seu perfume,
A brisa da manhã acompanhou-te,
E tu nem pensaste que fui eu que preparei tudo para ti!
Os teus familiares sorriam, os teus colegas cumprimentavam-te,
Trabalhaste, estudaste, viajaste, realizaste negócios,
Alcançaste vitórias, mas…
Não percebeste que eu estava cooperando contigo
E mais teria feito se me tivesses pedido.
Eu sei… Corres tanto…
EU PERDOEI…
Leste bastante, ouviste e viste muita coisa,
Mas não tiveste tempo para ouvir a minha palavra.
Quis falar contigo, mas não paraste para ouvir…
Quis aconselhar-te mas nem pensaste nessa possibilidade…
Se me ouvisses tudo seria melhor na tua vida.
Mais uma vez te esqueceste de mim…
Esqueceste-te que eu desejo a tua participação no meu reino,
Com a tua vida, o teu tempo, os teus talentos.
Findou o teu dia! Voltaste para casa.
Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita
Para te lembrar o amor que eu tenho por ti.
Certamente agora vais-me dizer “obrigado” e “boa noite”;
Psiu!... Estás a ouvir?...
Que pena… Já adormeceste… Boa noite! Dorme bem!
Eu fico a zelar por ti. E quando, enfim, quiseres saber quem sou,
Pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta,
À flor que desabrocha e à estrela que cintila,
Ao jovem que espera e ao velho que recorda…
Chamo-me AMOR- o remédio para todos os males que te atormentam o espírito:
Eu sou Deus!!!»
*******************************************************************
Pois é... Só quando nos dispomos a acreditar em alguma coisa é que as coisas começam a fazer sentido...
E Deus, pode ser qualquer coisa... Qualquer coisa que, muitas vezes sem nos apercebermos, passa a dar um sentido à nossa vida!
Ana Andrade
Eu já tinha preparado o sol para aquecer teu dia
E o alimento para a tua nutrição.
Sim, eu preparei tudo isso enquanto vigiava teu sono,
A tua família, a tua casa…
Esperei pelo teu “bom dia” mas esqueceste-te!
Bem… Parecias ter tanta pressa…
EU PERDOEI…
O sol apareceu, as flores deram o seu perfume,
A brisa da manhã acompanhou-te,
E tu nem pensaste que fui eu que preparei tudo para ti!
Os teus familiares sorriam, os teus colegas cumprimentavam-te,
Trabalhaste, estudaste, viajaste, realizaste negócios,
Alcançaste vitórias, mas…
Não percebeste que eu estava cooperando contigo
E mais teria feito se me tivesses pedido.
Eu sei… Corres tanto…
EU PERDOEI…
Leste bastante, ouviste e viste muita coisa,
Mas não tiveste tempo para ouvir a minha palavra.
Quis falar contigo, mas não paraste para ouvir…
Quis aconselhar-te mas nem pensaste nessa possibilidade…
Se me ouvisses tudo seria melhor na tua vida.
Mais uma vez te esqueceste de mim…
Esqueceste-te que eu desejo a tua participação no meu reino,
Com a tua vida, o teu tempo, os teus talentos.
Findou o teu dia! Voltaste para casa.
Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita
Para te lembrar o amor que eu tenho por ti.
Certamente agora vais-me dizer “obrigado” e “boa noite”;
Psiu!... Estás a ouvir?...
Que pena… Já adormeceste… Boa noite! Dorme bem!
Eu fico a zelar por ti. E quando, enfim, quiseres saber quem sou,
Pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta,
À flor que desabrocha e à estrela que cintila,
Ao jovem que espera e ao velho que recorda…
Chamo-me AMOR- o remédio para todos os males que te atormentam o espírito:
Eu sou Deus!!!»
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Pois é... Só quando nos dispomos a acreditar em alguma coisa é que as coisas começam a fazer sentido...
E Deus, pode ser qualquer coisa... Qualquer coisa que, muitas vezes sem nos apercebermos, passa a dar um sentido à nossa vida!
Ana Andrade
sexta-feira, outubro 14, 2005
"AMO_TE"
«Amo-te,
não só pelo que és, mas por tudo o que sou quando estou contigo.
Amo-te,
não só por aquilo que fizeste de ti, mas por aquilo que fazes de mim.
Amo-te,
não só pelo que és, mas por tudo o que sou quando estou contigo.
Amo-te,
não só por aquilo que fizeste de ti, mas por aquilo que fazes de mim.
Amo-te,
porque fizeste mais do que qualquer credo poderia ter feito para me tornar bom
e mais do que qualquer fado poderia ter feito para me tornar feliz.
...Fizeste-o sem um toque, sem uma palavra, sem um sinal...
Fizeste-o sendo tu próprio.
Talvez seja isso o que significa ser AMIGO, afinal!»
e mais do que qualquer fado poderia ter feito para me tornar feliz.
...Fizeste-o sem um toque, sem uma palavra, sem um sinal...
Fizeste-o sendo tu próprio.
Talvez seja isso o que significa ser AMIGO, afinal!»
(???)
************************************************************************************
(A todos os meus amigos, aqueles que, apenas com a sua existência, dão sentido à minha vida...)
A todos eles que, tenho a certeza saberem quem são, aqui deixo estas linhas... De agradecimento, de saudades, de alegria, enfim...
Amo-vos!
AnAndrade
quarta-feira, outubro 12, 2005
Um passo para a mudança!
«Muda de vida
Se tu não vives satisfeito
Muda de vida
Estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida
Não deves viver contrafeito
Muda de vida
Se há vida em ti a latejar
Se tu não vives satisfeito
Muda de vida
Estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida
Não deves viver contrafeito
Muda de vida
Se há vida em ti a latejar
(...)
Olha que a vida não,
Não é nem deve ser
Como um castigo que
Tu terás que viver»
(Humanos)
************************************************************************************************
E é isto! Está na altura de mudar de vida... Acabar com as lamentações, pôr "mãos à obra" e, tendo consciência que nem tudo vai correr como eu gostava que corresse, trabalhar os meus defeitos de carácter e aceitar-me como sou.
Há coisas na vida pelas quais vale a pena lutar até ao fim...
***ABRAÇOS e obrigada a todos aquele que não deixaram de acreditar***
Ana Andrade
terça-feira, outubro 11, 2005
SOLIDÃO...
Solidão não é a falta de gente para conversar, passear, namorar ou fazer sexo...... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar........ Isto são saudades.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes para realinhar os pensamentos...... Isto é equilíbrio.
Tao pouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida..... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado ..... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar........ Isto são saudades.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes para realinhar os pensamentos...... Isto é equilíbrio.
Tao pouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida..... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado ..... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
(Francisco Cândido Xavier)
segunda-feira, outubro 10, 2005
Perdoar
"Se estás a percorrer o caminho dos teus sonhos, compromete-te com ele. Não deixes a porta da saída aberta através da desculpa: "Não era bem isto que eu queria"; esta frase guarda dentro dela a derrota.
Assume o teu caminho. Mesmo que precises dar passos incertos, mesmo que saibas que podes fazer melhor do que o que estás a fazer. Se aceitares as tuas possibilidades no presente, com certezas melhorarás no futuro. Mas se negares as tuas limitações, jamais te verás livre delas.
Enfrenta o teu caminho com CORAGEM; não tenhas medo da critica dos outros. E, sobretudo, não te deixes paralisar pela tua própria crítica.
Deus estará contigo nas noites insones..."
(P.C.)
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Decidi pegar neste pequeno trecho tirado de "Maktub", de Paulo Coelho, para ver se (novamente) me consigo perdoar. Até aqui têm sido tentativas falhadas na esperança que tudo melhore um dia... EGOÍSMO!...
O perdão é uma "coisa" séria; exige a capacidade de amar, se ser-se honesta e então, depois, (re)começar a viver.
***Abraços a todos***
Ana Andrade
«Tudo o que faço ou medito
Fica sempre pela metade,
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.»
Fica sempre pela metade,
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.»
Fernando Pessoa
domingo, outubro 09, 2005
"What If"
«I can't find the rhyme in all my reason
Lost sense of time and all seasons
Feel I've been beaten down
By the words of men who have no grounds
Can't sleep beneath the trees of wisdom
When your ax has cut the roots that feed them
Forked tongues in bitter mouths
Can drive a man to bleed from inside out
What if you did?
What if you lied?
What if I avenge?
What if eye for an eye?
I've seen the wicked fruit of your vine
Destroy the man who lacks a strong mind
Human pride sings a vengeful song
Inspired by the times you've been walked on
My stage is shared by many millions
Who lift their hands up high because they feel this
We are one
We are strong
The more you hold us down the more we press on
What if you did?
What if you lied?
What if I avenge?
What if eye for an eye?
I know I can't hold the hate inside my mind
'Cause what consumes your thoughts controls your life
So I'll just ask a question
A lonely simple question
I'll just ask one question
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if?What if?
What if? What if?
What If I?
What if you did?
What if you lied?
What if I avenge?
What if eye for an eye?
What if your words could be judged like a crime?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?»
Lost sense of time and all seasons
Feel I've been beaten down
By the words of men who have no grounds
Can't sleep beneath the trees of wisdom
When your ax has cut the roots that feed them
Forked tongues in bitter mouths
Can drive a man to bleed from inside out
What if you did?
What if you lied?
What if I avenge?
What if eye for an eye?
I've seen the wicked fruit of your vine
Destroy the man who lacks a strong mind
Human pride sings a vengeful song
Inspired by the times you've been walked on
My stage is shared by many millions
Who lift their hands up high because they feel this
We are one
We are strong
The more you hold us down the more we press on
What if you did?
What if you lied?
What if I avenge?
What if eye for an eye?
I know I can't hold the hate inside my mind
'Cause what consumes your thoughts controls your life
So I'll just ask a question
A lonely simple question
I'll just ask one question
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if?What if?
What if? What if?
What If I?
What if you did?
What if you lied?
What if I avenge?
What if eye for an eye?
What if your words could be judged like a crime?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?
What if? What if?
What if? What if?
What If I?»
(CREED)
quinta-feira, outubro 06, 2005
Retrato
«Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida
A minha face?»
(Cecilia Meireles)
*****************************************************************************************************************
Bjs pra todos
terça-feira, outubro 04, 2005
Para (tentar) entender!
Tentar explicar como através da dor física se vai buscar a calma será, talvez, uma tarefa inútil...
Ao tentar explicar, numa única vez que o fiz, deparei-me com uma grande dificuldade: como transpor para palavras aquilo que se sente, mesmo tendo consciência que o acto não é própriamente racional...? Fará isto algum sentido? Não sei.
Em alturas de desespero, que se vão acentuando à medida que passam os anos, a dor emocional já não é suficiente; ou talvez seja tão intensa que é preciso outro tipo de dor para camuflar a primeira. Mas "a dor fisica é sempre menor que a dor da alma" ou pelo menos pode tratar-se, atenuar-se... Na da alma, resta alimentar a esperança de que tudo poderá melhorar... um dia...
Costuma dizer-se que "o tempo é um grande amigo"; que "tudo cura". Não acredito que cure tudo, mas que ajuda na aprendizagem de viver com o que nos fere e perturba...
Eu, estou cansada! Cansada de andar, de lutar e (agora talvez) de me acomodar...
Tal como a dor, o cansaço fisico é também mais fácil de "curar": ou se dorme, ou se descontrai ou se investe em gastar tempo prazerosamente. O cansaço da alma, esse, para além de alimentar a dor sentida, leva-me à vontade de desistir.
Quem já não ponderou desistir?!? Quem já não perdeu forças, pelo menos uma vez...?
E... Como se aprende a viver com o, continuamente, querer desistir? Como se vive desejando a partida, todos os dias, para algum sítio onde ninguém nos poderá encontarar?...
ESTOU CANSADA!!!!
Ao tentar explicar, numa única vez que o fiz, deparei-me com uma grande dificuldade: como transpor para palavras aquilo que se sente, mesmo tendo consciência que o acto não é própriamente racional...? Fará isto algum sentido? Não sei.
Em alturas de desespero, que se vão acentuando à medida que passam os anos, a dor emocional já não é suficiente; ou talvez seja tão intensa que é preciso outro tipo de dor para camuflar a primeira. Mas "a dor fisica é sempre menor que a dor da alma" ou pelo menos pode tratar-se, atenuar-se... Na da alma, resta alimentar a esperança de que tudo poderá melhorar... um dia...
Costuma dizer-se que "o tempo é um grande amigo"; que "tudo cura". Não acredito que cure tudo, mas que ajuda na aprendizagem de viver com o que nos fere e perturba...
Eu, estou cansada! Cansada de andar, de lutar e (agora talvez) de me acomodar...
Tal como a dor, o cansaço fisico é também mais fácil de "curar": ou se dorme, ou se descontrai ou se investe em gastar tempo prazerosamente. O cansaço da alma, esse, para além de alimentar a dor sentida, leva-me à vontade de desistir.
Quem já não ponderou desistir?!? Quem já não perdeu forças, pelo menos uma vez...?
E... Como se aprende a viver com o, continuamente, querer desistir? Como se vive desejando a partida, todos os dias, para algum sítio onde ninguém nos poderá encontarar?...
ESTOU CANSADA!!!!
Ana Andrade
... Obrigado ...
(Ribeira d'ilhas;
Ericeira)
Obrigado pela tua presença na minha vida.
Por tudo o que foste, o que és…
Por tudo aquilo em que me fizeste acreditar, desacreditar. Afinal, a vida é feita disso mesmo: duvidas em relação ao que supostamente está certo; insatisfações em relação ao que, supostamente nos devia satisfazer; lamentações relativamente ao que nos é possível ter.
Obrigado pela tua presença na minha vida.
Pelos momentos que ficam e os que com o tempo se vão desgastando por entrelinhas de dor; pelas noites, pelos dias, pelo prazer de viver… Obrigado pelos abraços, pela distância, pelos sorrisos e lágrimas.
Sinto, a cada dia que passa, que tudo tem mesmo uma razão de acontecer. As pessoas, as oportunidades que deixamos escapar por tanto as ansiarmos e as que agarramos sem termos consciência de que o fazemos…
(A ti Rita, um grande abraço)
«Até quando terás, minha alma, esta doçura, este dom de sofrer, este poder de amar, a força de estar sempre – insegura – segura como a flecha que segue a trajectória obscura, fiel ao seu movimento, exacta em seu lugar...?»
Obrigado pela tua presença na minha vida.
Por tudo o que foste, o que és…
Por tudo aquilo em que me fizeste acreditar, desacreditar. Afinal, a vida é feita disso mesmo: duvidas em relação ao que supostamente está certo; insatisfações em relação ao que, supostamente nos devia satisfazer; lamentações relativamente ao que nos é possível ter.
Obrigado pela tua presença na minha vida.
Pelos momentos que ficam e os que com o tempo se vão desgastando por entrelinhas de dor; pelas noites, pelos dias, pelo prazer de viver… Obrigado pelos abraços, pela distância, pelos sorrisos e lágrimas.
Sinto, a cada dia que passa, que tudo tem mesmo uma razão de acontecer. As pessoas, as oportunidades que deixamos escapar por tanto as ansiarmos e as que agarramos sem termos consciência de que o fazemos…
(A ti Rita, um grande abraço)
«Até quando terás, minha alma, esta doçura, este dom de sofrer, este poder de amar, a força de estar sempre – insegura – segura como a flecha que segue a trajectória obscura, fiel ao seu movimento, exacta em seu lugar...?»
(Cecília Meireles)
segunda-feira, outubro 03, 2005
Um "pé de boas energias"...
Tenho pena de não ter (ainda) fotos da noite de ontem...
Gostei muito de estar no pé d'água com todas as boas energias que lá se concentraram durante a noite. Estava com saudades de uma noite assim: bem portuguesa! Toda a beleza do som português, do fado, com os amigos que tanto prezo e com os novos que lá conheci mas que ocupam já um especial lugar em mim.
Agora o tempo é pouco para escrever mas fica a promessa de um post dedicado a esta noite. Está na hora de ir pras aulas...
Rita; tens de aparecer mais vezes... Tu e o teu gajo... (E quem mais quiser vir!!). Gosto muito de ti e tenho-te perto, bem perto de mim, acredita. Guarda bem o que te dei; tem para mim um significado especial e fez todo o sentido oferecer-to!!
Um abraço a todo o pessoal que conheci... e fica um abraço especial para o Miro, com que gstei imenso de conversar também...
As páginas da vida estão cheias de surpresas; há capitulos de alegria mas também de tristeza. Mistérios, fantasias, sofrimentos e decepções... De que valerá rasgar páginas e capitulos?? Isso será apressar o descobrimento dos mistérios e muitas vezes perder as esperanças... Podem existir muitos "finais felizes" mas "quando a esmola é demais o pobre desconfia...".
Bem, peço já para que nunca nos esqueçamos do principal: no livro da vida,o autor é cada um de nós!!
Até breve**